segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Visão velada!


Você já parou para pensar com quantos mendigos você se depara por dia?
Por acaso você já refletiu como seria estar no lugar deles?
Não estou aqui para julgar ninguém. Até porque é difícil mudar essa situação, pois um “padrão de sociedade” já foi criado, desde os primórdios. O que podemos fazer para amenizar essa situação é termos, cada um, um pouco mais de compaixão e colocarmo-nos no lugar dessas pessoas que necessitam tanto da nossa ajuda. Somente assim, seremos “tocados” pelo Deus Pai, e, com isso, teremos um pouco mais de sensibilidade com a situação do próximo.
São nesses momentos que me pergunto: “será que a vida vale mesmo a pena ser vivida?”
Resposta: A nossa (burgueses) sim. E a deles (mendigos)?

“Belas palavras as minhas, pena que elas não irão sair do papel”

sábado, 28 de novembro de 2009

Minhas idiossincrasias.


Darei a seguir algumas explicações para meus colegas, que me criticam por eu ler autores como Albert Camus e Jean Paul Sartre. Escritores esses que pertencem a corrente filosófica chamada existencialismo. Filosofia essa que prima pela livre escolha do ser humano, ou seja, que o homem é o senhor do seu destino. Afirmam que a existência precede e governa a essência, que não existe nenhum ser superior, que não somos pré-determinados.
Bem, as explicações sobre o que é existencialismo foram dadas acima. Vamos ao que interessa que é sobre as influencias que sofro dessa corrente filosófica tão radical. Vou enumerar por tópicos para facilitar a compreensão de todos.
1- Acredito, sim, que o homem é o senhor do seu destino. Que tudo é questão de escolha. Ex: Serei um jornalista porque foi escolha minha escolher essa profissão. *Obs: os que se deixam levar pelo querer dos outros são os fracos, mas eles podem a qualquer momento lutar contra a sua própria fraqueza, e se tornarem fortes.
2- Também acredito que o homem é 100% liberdade, mesmo o pior dos prisioneiros. Pois ele está preso só fisicamente, mas mentalmente ele não está. Ele pode viver quanto tempo for preciso só com recordações de seu passado de “liberdade física”. Podem tirar a liberdade física de um homem, mas nunca sua liberdade mental.
3- Creio que cada um deve traçar seu plano existencial.
4- Não acredito que somos pré-determinados. Pois se essa afirmação fosse verídica, pararia hoje mesmo de buscar meus objetivos e ficaria de mãos atadas só esperando meu destino.
5- Acredito que exista, sim, um ser superior, pois seria muito absurdo, virmos do nada e irmos para o nada. Esse ser deixou o livre arbítrio para todos. É nesse quesito que me diferencio do pensamento de Sartre e Camus.
Afirmo com toda sinceridade que se me guiasse somente pela razão seria sem dúvidas um ateu, mas fui abençoado, graças a Deus, com uma fé muito profunda. Sou católico convicto, pertenço ao catolicismo puro, não aquele institucional que aparece por ai. Posso freqüentar qualquer outra religião, ler qualquer tipo de livro, mas nunca deixarei de pertencer a Deus.
O meu existencialismo não tem nada haver com ateísmo.
Está explicado. Cada um que tire suas próprias conclusões.

“É no momento de escuridão e de solidão, que a inspiração bate à minha porta”.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Todos iguais e tão desiguais.

Ontem, quando cheguei ao meu apartamento, me direcionei até a janela, como faço todos os dias. Mas tinha algo que não estava normal, pois quando olhei para baixo vi um mendigo vindo em direção à janela.
Ele perguntou: - Ô garoto! Você não tem nenhum cobertor para mim, estou dormindo na praça, está muito frio.
No primeiro momento desconversei, disse que não tinha. Porém, refleti um momento comigo mesmo, e pensei: O quê é um lençol para mim esta noite? A resposta veio logo em seguida:
- Não é nada, tenho vários aqui.
Então, decidi pegar um lençol e dar para aquele pobre mendigo.
Eu disse: - espera rapaz, tenho um aqui sobrando. Joguei o lençol e disse minhas últimas palavras: - Se cuida, fica com Deus.
Ele me agradeceu e em seguida retornou para a praça.
Meu Deus, como é triste ver uma situação dessas. Alguns têm tudo enquanto outros não têm nada. Aonde vamos parar?
*Obs: História aconteceu veridicamente no dia 24/11/09.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O porquê do nome " Diário do Estrangeiro..."

O nome “Diário do Estrangeiro...” é sem duvidas uma homenagem ao escritor Albert Camus, que escreveu, em 1942, o livro L'étranger (O estrangeiro). Livro esse que retrata a história de Mersault, (um homem como qualquer outro) têm namoradas, gosta de ir à praia, trabalha. A sua única diferença está na sua consciência de que não pode mudar os rumos da vida. Conforma-se com isso, adapta-se às condições impostas pelas engrenagens do tempo e aproveita o que de bom lhe aparece. O resto, deixa acontecer. Para ele o prazer já basta. Deus, casamentos, funerais e julgamentos são meras invenções formais que distanciam o homem da crueza dos fatos. O vazio de sentimentos, crenças e ambições de Mersault, aos olhos da sociedade, são suficientes para lhe transformar num estrangeiro no lugar que viver.
Outra razão que me motivou para escolher esse nome para o blog foi a minha perca de identidade, pois a partir do momento que deixei o Ceará para vim morar na Paraíba, passei a ser um estrangeiro também. Perdi meu vinculo com o Ceará e ainda estou me adaptando ao modo Paraibano de ser.

Pronto, está explicado o nome “ Diário do Estrangeiro...”