quarta-feira, 23 de março de 2011

O vazio sem sentido.


O vazio é o tudo, o vazio é o nada.

O vazio é o amor, o vazio é o ódio.

O vazio é a vida, é a morte.

O vazio é a esperança que não cessa na vida de um pobre.

O vazio é a solidão presente na multidão.

O vazio é a dor sem explicação.

O vazio é a saudade dentro do coração.

O vazio é, apenas, a repetição no texto de um bobão.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ela é tão ruim assim?


Solidão, termo usado pra designar um individuo que está em estado de reclusão. Por que será que todos a temem?
Pois, afinal, a solidão é um momento de reflexão do homem, faz parte da essência do ser humano. É nela que encontramos nossa paz interior, que refletimos sobre tudo aquilo que nos acontece no dia-a-dia, que buscamos forças para seguir essa difícil jornada que é viver nos dias atuais, é nela que tentamos compreender a complexidade do ser humano. Na solidão é onde refletimos a fragmentação das relações entre os indivíduos, é nela onde buscamos as respostas mais difíceis e mais dolorosas de se aceitar. É o momento de calma, de êxtase, da aceitação do vazio que cada indivíduo carrega em si. É o momento do EU.
Eu não entendo esse medo, essa fuga da solidão. Através das coisas fúteis que a sociedade nos impõe. Melhor está ao lado dela, do que contra ela.


“Cada pessoa vem ao mundo sozinha, atravessa a vida como um ser em separado e, no final, morre sozinho. Aceitar o fato, lidar com isso e aprender como direcionar nossas próprias vidas de forma bela e satisfatória é a condição humana.”( Sartre)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O livro da semana: O Desespero Humano.

Estréia, hoje, no blog: O livro da semana. Trarei semanalmente dicas de livros que já li.

Começaremos com “O desespero Humano” de Sören Kiergergaard.

Kierkegaard (1813-1855) é o pai do existencialismo. Ele faz parte da vertente do existencialismo Cristão. Sofreu grande influência dos livros de Santo Agostinho. E influenciou Albert Camus e Sartre que, mais tarde, viria a ser o grande expoente do existencialismo.

Kierkegaard trás em “O Desespero Humano” (1849), uma profunda análise da consciência humana. Ele afirma que todos nós somos pseudocristões e que só se pode atingir à salvação através da relação direta entre o Homem e Deus. Livro de difícil interpretação.


“Doença do espírito, do “eu”. Assim, o desespero pode tomar três formas:


O desespero inconsciente de ter um “eu”

- o que é verdadeiro desespero;

o desespero que não quer; e

o desespero que quer ser ele mesmo ”

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Nossos protetores?

Presenciei juntamente com meu amigo-colega, Josafá Paulo, uma cena lamentável na rodoviária de Campina Grande. Um policial, devidamente fardado, estava consumindo bebida alcoólica em uma mesa do restaurante da rodoviária. Ele dispunha de um revólver na cintura. Josafá foi quem me alertou sobre o que estava se passando no local. Ele foi para casa, mas eu continuei lá, afinal, eu tinha que embarcar às 18h45min. Lembro-me que o policial levantou-se três vezes para aliciar a garçonete do restaurante, ela ficou nervosa com a situação, pois ele a qualquer momento poderia irritar-se e puxar o revólver. Fiquei assustado com o ocorrido, não consegui nem jantar direito, queria logo era sair dali e evitar qualquer tipo de confusão que pudesse acontecer.
Conclusão
Temos que repensar toda nossa estrutural social, haja vista que um cidadão que tem o dever de proteger a população poderia a qualquer momento revelar-se contra ela, pois ele estava consumindo bebida alcoólica no horário de serviço.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Visão velada!


Você já parou para pensar com quantos mendigos você se depara por dia?
Por acaso você já refletiu como seria estar no lugar deles?
Não estou aqui para julgar ninguém. Até porque é difícil mudar essa situação, pois um “padrão de sociedade” já foi criado, desde os primórdios. O que podemos fazer para amenizar essa situação é termos, cada um, um pouco mais de compaixão e colocarmo-nos no lugar dessas pessoas que necessitam tanto da nossa ajuda. Somente assim, seremos “tocados” pelo Deus Pai, e, com isso, teremos um pouco mais de sensibilidade com a situação do próximo.
São nesses momentos que me pergunto: “será que a vida vale mesmo a pena ser vivida?”
Resposta: A nossa (burgueses) sim. E a deles (mendigos)?

“Belas palavras as minhas, pena que elas não irão sair do papel”

sábado, 28 de novembro de 2009

Minhas idiossincrasias.


Darei a seguir algumas explicações para meus colegas, que me criticam por eu ler autores como Albert Camus e Jean Paul Sartre. Escritores esses que pertencem a corrente filosófica chamada existencialismo. Filosofia essa que prima pela livre escolha do ser humano, ou seja, que o homem é o senhor do seu destino. Afirmam que a existência precede e governa a essência, que não existe nenhum ser superior, que não somos pré-determinados.
Bem, as explicações sobre o que é existencialismo foram dadas acima. Vamos ao que interessa que é sobre as influencias que sofro dessa corrente filosófica tão radical. Vou enumerar por tópicos para facilitar a compreensão de todos.
1- Acredito, sim, que o homem é o senhor do seu destino. Que tudo é questão de escolha. Ex: Serei um jornalista porque foi escolha minha escolher essa profissão. *Obs: os que se deixam levar pelo querer dos outros são os fracos, mas eles podem a qualquer momento lutar contra a sua própria fraqueza, e se tornarem fortes.
2- Também acredito que o homem é 100% liberdade, mesmo o pior dos prisioneiros. Pois ele está preso só fisicamente, mas mentalmente ele não está. Ele pode viver quanto tempo for preciso só com recordações de seu passado de “liberdade física”. Podem tirar a liberdade física de um homem, mas nunca sua liberdade mental.
3- Creio que cada um deve traçar seu plano existencial.
4- Não acredito que somos pré-determinados. Pois se essa afirmação fosse verídica, pararia hoje mesmo de buscar meus objetivos e ficaria de mãos atadas só esperando meu destino.
5- Acredito que exista, sim, um ser superior, pois seria muito absurdo, virmos do nada e irmos para o nada. Esse ser deixou o livre arbítrio para todos. É nesse quesito que me diferencio do pensamento de Sartre e Camus.
Afirmo com toda sinceridade que se me guiasse somente pela razão seria sem dúvidas um ateu, mas fui abençoado, graças a Deus, com uma fé muito profunda. Sou católico convicto, pertenço ao catolicismo puro, não aquele institucional que aparece por ai. Posso freqüentar qualquer outra religião, ler qualquer tipo de livro, mas nunca deixarei de pertencer a Deus.
O meu existencialismo não tem nada haver com ateísmo.
Está explicado. Cada um que tire suas próprias conclusões.

“É no momento de escuridão e de solidão, que a inspiração bate à minha porta”.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Todos iguais e tão desiguais.

Ontem, quando cheguei ao meu apartamento, me direcionei até a janela, como faço todos os dias. Mas tinha algo que não estava normal, pois quando olhei para baixo vi um mendigo vindo em direção à janela.
Ele perguntou: - Ô garoto! Você não tem nenhum cobertor para mim, estou dormindo na praça, está muito frio.
No primeiro momento desconversei, disse que não tinha. Porém, refleti um momento comigo mesmo, e pensei: O quê é um lençol para mim esta noite? A resposta veio logo em seguida:
- Não é nada, tenho vários aqui.
Então, decidi pegar um lençol e dar para aquele pobre mendigo.
Eu disse: - espera rapaz, tenho um aqui sobrando. Joguei o lençol e disse minhas últimas palavras: - Se cuida, fica com Deus.
Ele me agradeceu e em seguida retornou para a praça.
Meu Deus, como é triste ver uma situação dessas. Alguns têm tudo enquanto outros não têm nada. Aonde vamos parar?
*Obs: História aconteceu veridicamente no dia 24/11/09.